Tratar efluentes industriais e as águas residuais de forma biológica, por meio de filtros de aeração (mecânicos) e jardins filtrantes tem se mostrado uma solução baseada na natureza eficaz e com grandes vantagens sobre sistemas convencionais, devolvendo águas limpas e livres de patógenos ao sistema hídrico.
Esses efluentes podem inclusive serem reutilizados para usos secundários, como descarga, irrigação, dentre outros. O tratamento biológico tem se mostrado financeiramente vantajoso e sustentável ao longo do tempo, demandando menos manutenção e redução de insumos químicos, além redução no consumo de energia. Esses fatores influenciam no custo-eficiência do sistema biológico.
Essa forma de solução pode e deve ser integrada a projetos de paisagismo ecológico, de modo a oferecer múltiplos co-benefícios, como por exemplo: melhoria da qualidade ambiental e estética da área do entorno de fábricas e outras áreas industriais, sequestro e fixação de carbono e outros poluentes gasosos, moderação do calor, maior produtividade e melhoria da saúde dos funcionários por conta de ambiente de trabalho mais agradável e saudável, criação de habitat para vida silvestre, dentre vários outros.
Efluentes industriais e tratamento de águas residuais (esgoto e águas cinza) se constituem em grandes problemas para a manutenção da qualidade dos ecossistemas em áreas urbanas, periurbanas e áreas naturais e rurais. Podem contaminar águas superficiais e subterrâneas, impactar os ecossistemas locais e até mesmo distantes, dependendo do grau e teor da contaminação.
Empresas que utilizam água em seu processo produtivo podem afetar profundamente o sistema natural do qual dependemos para viver, bem como a cadeia biológica que sustenta a vida. Historicamente os efluentes industriais foram jogados nos corpos d’água.
Legislações de proteção do ambiente regulam que se tenham sistemas de filtragem antes que as indústrias liberem as águas contaminadas nos rios e córregos, o que tem sido feito de forma convencional por meio de filtragens e tratamentos químicos que podem ser muito onerosos para as empresas, com alto consumo de energia. Em muitos casos esses sistemas ainda acabam conduzindo produtos químicos indesejados para os corpos d’água, liberando Gases Efeito Estufa, odores tóxicos que impactam diretamente a saúde de funcionários que trabalham na área, dentre outros problemas.
