Levantamento do MapBiomas revela que entre 1985 e 2020 a área de agropecuária cresceu em 5 dos 6 biomas brasileiros.
Apenas 1,6% da perda de Florestas e Vegetação Nativa no Brasil entre 1985 e 2020 ocorreu em terras indígenas. O dado provém da análise de imagens de satélite desse período desenvolvida pela equipe de pesquisadores do MapBiomas utilizando recursos de inteligência artificial.
Nesses 36 anos, os territórios indígenas já demarcados ou aguardando demarcação foram os que mais preservaram suas características originais, comprovando o valioso serviço que essas comunidades prestam ao Brasil.
“SE QUEREMOS TER CHUVA PARA ABASTECER OS RESERVATÓRIOS QUE PROVÊM ENERGIA E ÁGUA POTÁVEL PARA CONSUMIDORES, INDÚSTRIA E O AGRONEGÓCIO, PRECISAMOS PRESERVAR A FLORESTA AMAZÔNICA. E AS IMAGENS DE SATÉLITE NÃO DEIXAM DÚVIDAS: QUEM MELHOR FAZ ISSO SÃO OS INDÍGENAS.”
Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas
Em junho, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência publicou a coleção “Povos Tradicionais e Biodiversidade: Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”, que mostra a efetividade das terras indígenas, unidades de conservação e territórios quilombolas para conter o desmatamento no Brasil.
Os pesquisadores Antonio Oviedo (ISA) e Juan Doblas (Inpe), comprova que as Terras Indígenas são os territórios tradicionais que mais preservam a floresta.
Comments