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Pioneiros Esquecidos na História do Município de Tabaporã

  • Maurilio Trindade Aun/Elizandra Trindade
  • 31 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

A história da maioria dos municípios nem sempre é bem registrada e contada, pois os “historiadores” na maioria das vezes direta ou indiretamente “coloca” seus “pré-conceitos”, opiniões de grupos, opiniões políticas, e desta forma muitos pioneiros são esquecidos ou colocados no “acostamento” da história do desenvolvimento de muitos municípios no estado de Mato Grosso.

Temos observado isso em diversos municípios, e nos parece que em Tabaporã a situação nem é diferente, pois ao conversar com Vilibaldo Shaedler e Hilda Shaedler podemos dizer que os mesmos são pioneiros daquela localidade, pois residem no município desde o ano de 1979. Porém, não eram moradores do local que foi determinado como sede do município, mas viviam na área de abrangência de Tabaporã bem antes do mesmo ser criado como município, portanto, para um bom registro da história do município o fato deveria constar na história de Tabaporã.

Ao buscar o registro da história de Tabaporã nem constatamos os nomes dos mesmos como moradores da região de Tabaporã antes de sua criação. Para melhor recapitulação do que encontramos vamos reproduzir aqui neste espaço parte dos registros da criação de Tabaporã.

Tabaporã atualmente é habitada por 9.489 residentes de acordo com dados fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Inicialmente o território era habitado por nações indígenas, e por isso recebeu um nome de origem Tupi homenageando os primeiros povos que moravam no local hoje ocupado por outras pessoas vindas principalmente do estado de São Paulo e Paraná. Quem escolheu o nome para o município foi o poeta Carlos Drummond de Andrade, mineiro que ficou inesquecível pelos versos inventados. Tabaporã significa taba: aldeia, povoação e porã: bonito, belo, formoso. “Cidade Bonita”.

Certamente os moradores visualizam os imensos progressos possíveis para a cidade localizada no seio da floresta amazônica. Contribui com a formação da Bacia Amazônica os rios São Francisco e Apiacás, além de inúmeros afluentes, formando uma região com alta concentração hidrográfica fator altamente propício para o desenvolvimento da agricultura. A topografia do terreno também contribui para essa finalidade por ser totalmente plana extingui todo limite para a atividade agrícola.

Todos os cidadãos acreditam veementemente que com a expansão agrícola, boas estradas vicinais, rodovias e excelentes condições de trabalho o avanço estará presente na “Cidade Bonita”

Lendo o registro histórico descobrimos que a comunidade se iniciou por volta de 1984 com o projeto de colonização da Gleba Tabaporã, cuja extensão era de quase quarenta mil quilômetros quadrados. Segundo o IBGE surgiu por meio de um contrato firmado entre Apolinário Empreendimentos Imobiliários Ltda., pertencente ao Grupo Comercial Isaías Apolinário e Zé-Paraná Empreendimentos Ltda., pertencente ao colonizador e comendador José Pedro Dias, popularmente conhecido como Zé Paraná, pioneiro na região e fundador do município de Juara.

Um dos pioneiros a comprar lote foi o agricultor Ademir Jesuíno Costa, que veio com sua família da cidade paulista de Monte Castelo, passando a viver em Tabaporã.

Ocorreu grande fluxo migratório no ano de 1985. Inúmeras famílias vinham de longe, principalmente do estado de São Paulo e Paraná em busca de melhores condições de vida e a possibilidade de conseguir terra própria e boa por um preço baixo. A propaganda realizada na época atraiu muitas pessoas, permanecendo até 1986. No ano seguinte ocorreu uma estabilização na vinda de famílias migrantes.

Desse modo o povoado começou a crescer e tomar forma de cidade, os moradores passaram a organizar-se politicamente e reivindicar maior poder de decisão.

E através da Lei estadual n.º 5.913, de 20 de dezembro de 1991, de autoria do deputado Hermes de Abreu e sancionada pelo governador Jayme Campos, criou-se o Município de Tabaporã, com uma extensão territorial de 8.499,15 km².

Sua economia gira em torno do setor agropecuário e madeireiro.


A pecuária do município soma hoje um rebanho de 200.000 cabeças de gado (fonte: INDEA)


Na agricultura se destaca a produção de soja com 98.000 hectares plantados; milho com 27.000 hectares; arroz com 7.000 hectares e algodão com 4.450 hectares. A agricultura familiar também tem presença marcante no município.


São 1.056 famílias assentadas e 159 famílias tradicionais que vivem da agricultura familiar (dados do ano de 2010- 2011 – fonte: EMPAER)


A produção do setor madeireiro (madeira bruta e beneficiada) é vendida no mercado dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, basicamente.


Todas informações levantadas em meios online, possível de ser acessadas por todos, para melhor conhecimento do Município de Tabaporã e de parte de sua realidade.

Por: Maurilio Trindade Aun, colaboração Elizandra Trindade

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