O Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso marcou para o dia 27 de outubro a audiência no processo por lesão corporal movido contra o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB). O parlamentar na época nem era deputado ou ocupava cargo público, mas agrediu realmente fisicamente o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), com o intuito de matar, conforme afirmação que expressou no momento que efetuou a agressão, “você vai ver quem manda aqui em Juara" e "você merece morrer, vou acabar com você e com a sua família".
Em 2013, Oscar Bezerra foi detido depois de atacar o deputado estadual Dilmar Dal Bosco com uma borduna, arma artesanal indígena, durante uma eleição suplementar realizada em Juara.
De acordo com os autos do processo, Dilmar estava em uma via pública conversando com um policial, momento em que um veículo Toyota SW4 se aproximou. Oscar Bezerra desceu do automóvel com a arma empunhada (borduna, arma artesanal indígena), e as seguintes frases ditas: “você vai ver quem manda aqui em Juara” e “você merece morrer, vou acabar com você e com a sua família”.
Obviamente as lesões ficaram comprovadas por laudo pericial, e mesmo nem tinha como negar, pois o fato ocorreu diante de um oficial da Polícia Militar e outros militares que tiveram que conter o mesmo.
Na época dos fatos, o Deputado Estadual Dilmar Dal’Bosco, após realizar exames médicos, concedeu entrevista coletiva a imprensa de Juara para falar sobre a paulada que recebeu do ex-prefeito Oscar Bezerra na madrugada do dia 06.
Dilmar na época se dizia indignado com agressão que sofreu, porque é uma pessoa que participa da vida religiosa, valoriza a família, tem temperamento calmo, não tem histórico de violência e veio a Juara para defender seu partido político (DEM) e foi muito bem recebido pelos moradores da cidade.
Ele contou que retornava da cidade de Porto dos Gaúchos quando foi abordado por Oscar Bezerra, marido da Deputada Luciane Bezerra, "que infelizmente me agrediu de forma covarde... levado por informações talvez distorcidas e veio para cima de mim sem sequer conversar comigo, veio me agredindo com uma ferramenta indígena", explicou.
"Eu achei ele bastante transtornado, uma pessoa fora do normal", narrou o parlamentar que considerou muita sorte porque na segunda pancada o policial Capitão Franco segurou Oscar de continuar a agressão. Dilmar narrou ainda, que junto com o Oscar havia outra pessoa, o Silas Andrade (irmão do ex-vereador Hélio Silva) que também tentou agredi-lo, mas não conseguiu.
No momento da agressão, Deputado Dilmar informou que Oscar teria dito que ele manda em Juara, que iria acabar com a vida dele, dizendo: "você vai ver o que vai acontecer com o senhor".
Na época vários deputados e inclusive o Governador em exercício naquele período, Silval Barbosa ligou para Dilmar prestando apoio e solidariedade.
"Vim a Juara exatamente por isso, a população tem que acabar com isso, onde o poder da força, do poder da agressão quer dominar o interesse da população", disse.
O deputado Estadual Dilmar Dal Bosco é do partido dos Democratas e na época era membro da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Em entrevistas na época, o deputado Dilmar disse que nunca colocou nas ruas a questão da contratação dos filhos de Oscar Bezerra, que na época eram alvo de investigações, como supostos servidores fantasmas da Prefeitura de Cuiabá, nem fez uso das informações na assembleia para atingi-lo, desabafou Dilmar.
"O poder não pode ser conseguido pela força ou denegrir ou atingir ou maltratar membro de outro grupo", encerrou o deputado agredido.
Por: Maurilio Trindade Aun
