Ságuas diz que ida de Temer a programas de Sílvio é desespero de aprovar reforma
- A Folha do Vale - Jornal e Site
- 2 de fev. de 2018
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O deputado federal Ságuas Moraes (PT) avalia que a participação do presidente da República Michel Temer (MBD) em programas de auditória para defender a reforma da Previdência comprova o que classifica como “desespero em aprovar a pauta antipopular”. Segundo o petista, toda a mídia patrocinada pelo governo federal não foi suficiente para convencer a população que as mudanças trarão benefícios.
No SBT, Temer participou do Programa Sílvio Santos no último domingo (28) e concedeu entrevista para o apresentador Ratinho na segunda (29). No sábado, o emedebista já havia participado da estreia do Programa Amaury Jr na Band.
“Está fazendo isso porque mídias que publicou ao longo do tempo não foram suficientes para convencer o cidadão. As pessoas mais simples desse país sabem que essa reforma é prejudicial aos seus direitos. Essa é a última tacada dele, se utilizar de programas populares para dizer que a reforma é necessária quando todos sabem que ela é prejudicial”, declarou Ságuas nessa quarta (31).
Em entrevista à Rádio Metrópole de Salvador (BA) concedida ontem, Temer afirmou que a votação da reforma da Previdência inicia em fevereiro para ser concluída em março. Como se trata de proposta de emenda constitucional (PEC), são necessários 308 votos para aprovação.
Ságuas avalia que dificilmente o governo federal conseguirá o apoio de 308 parlamentares. Sustenta que a base governista está dividida e o Palácio do Planalto já não dispõe de recursos para oferecer aos deputados federais para garantir a recomposição.
“Antes do recesso, o governo ficou com base bem dividida. Essa reforma atinge todo cidadão brasileiro e não sei se governo tem muito a oferecer para conseguir os votos suficientes. São 308 votos porque é uma PEC. Por isso, ainda há esperança que essa contrarreforma seja rejeitada”, completa.
Mesmo assim, Ságuas garante que o PT e os partidos de oposição seguirão articulando para que a reforma da Previdência seja barrada. Garante que a oposição utilizará todos os meios legais para impedir a aprovação.
“Nós somos radicalmente contra essa reforma da previdência que é continuidade da precarização das relações de trabalho. Agora, o governo está criando impedimento ou dificuldades para que as pessoas possam se aposentar. O PT, juntamente com partidos de oposição, vão continuar se posicionando e trabalhando em plenário para evitar que essa reforma possa acontecer e também vamos utilizando de todas as possibilidades para impedi-la”, conclui o petista.
O principal item mantido na proposta é idade mínima de aposentadoria, com a regra de transição até 2042; 62 anos para mulheres e 65 para homens (INSS e servidores); 60 para professores de ambos os sexos; 55 anos para policiais e trabalhadores em condições prejudiciais à saúde. Também segue o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para segurados do INSS e de 25 anos para servidores públicos; novo cálculo do valor da aposentadoria, começando de 60% para 15 anos de contribuição até 100% para 40 anos; e receitas previdenciárias deixam de ser submetidas à DRU (Desvinculação de Receitas da União).
Por: Jacques Gosch











































































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