A vida e a Morte e todos os infortúnios estão nesta transição mal compreendida
- A Folha do Vale - Jornal e Site
- 4 de jun. de 2018
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O tema de hoje denominamos de “namoro, sexo e Kundalini”. Para começar vamos tecer algumas considerações sobre o que diz o Mestre Samael acerca do namoro gnóstico. Muita gente nos escreve consultando sobre como é o namoro gnóstico. No mundo de hoje, aonde quer que agente vá e olhe, vemos casais jovens, dizem que namorando.

Quem nasce agora, cresce vendo isso e de certo modo encara como normal. Desde que alguém nasce, a televisão encarrega-se de sua deseducação sexual, pois desde os primeiros anos de vida já se tem o incentivo sexual por meio da dança, de músicas maliciosas e tantos outros procedimentos. Quem nasce hoje, nasce numa era muito estranha e quando se torna adulto já está completamente deformado.
É natural que o jovem que chegue à Gnose hoje pergunte como é o namoro entre estudantes de Gnose. Aí começa uma situação bem delicada, quando respondemos exatamente o que é, chocam-se, não estão preparados para ouvir o que ouvem, pois estão totalmente deformados pelos valores da televisão, pelas músicas com três, quatro, dez sentidos indiretos.
Falar de namoro ou noivado no ambiente gnóstico tornou-se uma situação muito delicada, muita gente nem toca nesse assunto, pois tem medo de perder as pessoas, prefere não falar as coisas claramente a “afugentar as pessoas”.
Aqui não vemos nenhum inconveniente em dizer aquilo que dizia o Mestre Samael acerca disso, e se quiser ir vá, e se vai é porque não tem nenhum interesse de entender a doutrina, conseqüentemente, não tem como avançar por este caminho.
A segunda situação é que muitos, mesmo ouvindo claramente aquilo que lhe é dito, não aceitam, dizem que querem a Gnose, o caminho, querem avançar espiritualmente, mas também querem seguir fazendo o que todo mundo faz por aí, é evidente que são situações excludentes.
Esse tipo de pergunta já faziam as pessoas diretamente ao Mestre Samael quando ele vivia entre nós, eles perguntavam: “Mestre, como é o noivado gnóstico?”. Um dos secretários, inclusive, que era noivo na época, perguntava-lhe: “Mestre, não é permitido fazer isso, nem aquilo?”. A resposta o deixava surpreso. Por aí podemos avaliar uma situação de quase quarenta anos atrás e como o mundo mudou nesses anos.
Quando, hoje, temos de informar o que é o noivado gnóstico, é uma situação delicada, pois ninguém está pronto para isso, a maioria retira-se. Os poucos que ficam fazem de conta que nunca escutaram aquilo que lhes é dito e, assim, acreditam que estando dentro de um ambiente gnóstico a Gnose estará com ele, isso é um engano.
Em matéria de castidade, de pureza, o relacionamento entre o casal nunca mudou, a Loja Branca nunca revogou as suas normas de conduta que é esperada para as pessoas que querem este caminho.
Esse tema de namoro, noivado, casamento, Kundalini, alquimia, tantrismo é um universo muito amplo e delicado, pois exige muita maturidade espiritual de nós e nunca fomos tão despreparados espiritualmente falando.
Feitas essas considerações para fundamentar o tema, vamos começar. Como é o namoro de um casal gnóstico que de fato está interessado em seguir adiante neste caminho?
O Mestre Samael dizia: “o amor começa com uma faísca de simpatia, se desenvolve com o carinho e a convivência e se torna um que ama mais e outro que ama melhor, quando efetivamente podem viver ou expressar aquilo de mais divino e sagrado tem entre um casal” e isso só é possível entre duas pessoas casadas, que se aceitam mutuamente, amam-se, respeitam-se e que estão juntos para cumprir um propósito espiritual. Fora isso, nos parece uma vida de casal comum e corrente.
Para chegar a esses aspectos quase que ideais temos de compreender, superar dentro de nós muitas luxúrias, paixões, desejos, taras, impulsos bestiais, a parte grosseira, brutal, animal que todos nós carregamos, desenvolvidas e alimentadas por nós em vidas anteriores e é contra isso que qualquer um de nós, quando encontra esse caminho, depara-se: enfrentar a si mesmo, suas misérias, todas as suas paixões.
O namoro gnóstico não trás em si todo esse comportamento luciférico das pessoas comuns e, quando o afirmamos, sabemos da resistência que se gera dentro de cada um de nós que ouve isso, sabemos da resistência das pessoas que ouvem isso dentro das salas de aula da Gnose, já que não querem ver-se num retrato de corpo inteiro tal qual todos nós somos.
Mencionar esses temas é botar o dedo na ferida, no que de mais sensível nós temos. Tudo isso exige muita reflexão, meditação, maturidade. O que é mais importante, o que queremos? Podemos. a pretexto de praticar alquimia. Envolver-nos com uma pessoa do sexo oposto, especialmente se aos nossos olhos é uma pessoa atraente. É muito fácil confundir aquela chispa de simpatia com paixão, desejo, luxúria. Mas vamos esquecer essa parte tenebrosa que todos nós temos e somos doutores nessa matéria. Vamos falar daquilo que ignoramos.
O namoro de um casal gnóstico assemelhar-se-ia a um relacionamento puro como o de duas crianças, há aquele encantamento recíproco, aquele clima extasiante, dar-se as mãos, o estar juntos, falar. Rir, fazer coisas juntos, porém nada se consuma, não envolve relação sexual efetiva.
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Fonte: Gnose
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