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Poluição pode ser tão prejudicial como fumar um maço de cigarros por dia

  • Marcia Sousa
  • 27 de ago. de 2019
  • 2 min de leitura

A poluição do ar é um problema sério, porém o assunto quase sempre cai no lugar-comum. Trazendo a importância do debate, uma nova pesquisa é enfática em afirmar que este tipo de poluição acelera a progressão do enfisema pulmonar.

Respiração ofegante, tosse ou dificuldade em respirar são alguns dos sintomas do enfisema pulmonar. Trata-se de uma doença respiratória grave que, geralmente, atinge fumantes. A doença ataca os alvéolos pulmonares, que são pequenos sacos aéreos presentes nos pulmões. Em casos mais avançados, o indivíduo pode precisar até de oxigênio suplementar. Agora, órgãos de saúde sempre alertam sobre os perigos do tabagismo desta e outras doenças pulmonares, o que este novo estudo busca é focar nos perigos silenciosos dos poluentes atmosféricos -, especialmente o ozônio.

Conduzida por professores da Universidade de Washington, Universidade de Columbia e a Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, a pesquisa envolveu sete mil pessoas e avaliação da poluição do ar entre 2000 e 2018 em seis regiões metropolitanas dos Estados Unidos.

As médias anuais dos níveis de ozônio nas áreas estudadas estavam entre 10 e 25 ppb (partes por bilhão). E os pesquisadores descobriram que os moradores que respiravam um nível de 3 ppb acima de outra área, durante 10 anos, tinham a probabilidade muito maior de desenvolverem enfisema. Mais especificamente, seria o equivalente a fumar um maço de cigarros por dia durante 29 anos.

“Até onde sabemos, este é o primeiro estudo longitudinal a avaliar a associação entre a exposição prolongada a poluentes do ar e a progressão do enfisema em uma análise ‘cohort’ multiétnica”, disse o principal autor do estudo, Meng Wang, professor assistente de epidemiologia e saúde ambiental na Escola de Saúde Pública e Profissões da Saúde da UB.

“Ficamos surpresos ao ver como o impacto da poluição do ar foi forte sobre a progressão do enfisema em exames de pulmão, na mesma linha dos efeitos do tabagismo, que é de longe a causa mais conhecida de enfisema”, afirmou o coautor do estudo, Joel Kaufman, professor de ciências ambientais e de saúde ocupacional na Escola de Saúde Pública da Universidade de Washington.

Segundo Kaufman, as taxas de doenças pulmonares crônicas estão subindo e “cada vez mais é reconhecido que esta doença ocorre em não fumantes”.

Os pesquisadores coletaram detalhadamente as exposições ao longo dos anos, inclusive, com medições nas casas dos participantes. “Embora a maioria dos poluentes transportados pelo ar esteja em declínio devido aos esforços para reduzi-los, o ozônio vem aumentando”, segundo o estudo. O ozônio no nível do solo é produzido principalmente quando a luz ultravioleta reage com os poluentes dos combustíveis fósseis.

A pesquisa ainda ressalta que o ozônio no nível do solo vai continuar aumentando ao passo que ocorrem as mudanças climáticas -, se nada for feito para sua redução. Além disso, não é claro qual o nível de poluição do ar aceitável, apesar da OMS (Organização Mundial da Saúde) estipular limites.

Fonte: Marcia Sousa/ CicloVivo

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