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As florestas do leste e nordeste da Amazônia abrigam exemplares com mais de 80 metros de altura


Pesquisadores de norte a sul do Brasil estão progredindo na identificação das raras árvores monumentais do país, que se destacam sobre a floresta e mantêm redes de interações com animais e outras plantas, e tentando entender as particularidades que lhes permitem atingir diâmetros quase do comprimento de um fusca e a altura de um prédio de 30 andares.

Com base em sobrevoos e sensores de luminosidade, pesquisadores de Minas Gerais, do Amapá e de São Paulo verificaram que a floresta Amazônica no oeste do Amapá e nordeste do Pará abriga pelo menos 20 exemplares de árvores com mais de 70 metros (m) de altura, dos quais seis com mais de 80 m, mais que o dobro da altura do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

São as chamadas árvores gigantes ou mega-árvores, definidas como as que têm pelo menos 70 centímetros (cm) de diâmetro, mais fácil de medir do que a altura, que pode variar de 25 m no cerradão, a feição florestal do Cerrado, a 80 m na Amazônia. Essas medidas são cerca de cinco vezes as medidas médias da maioria das árvores encontradas nas cidades ou nos parques urbanos.


Pesquisadores de norte a sul do Brasil estão progredindo na identificação das raras árvores monumentais do país, que se destacam sobre a floresta e mantêm redes de interações com animais e outras plantas, e tentando entender as particularidades que lhes permitem atingir diâmetros quase do comprimento de um fusca e a altura de um prédio de 30 andares.

Com base em sobrevoos e sensores de luminosidade, pesquisadores de Minas Gerais, do Amapá e de São Paulo verificaram que a floresta Amazônica no oeste do Amapá e nordeste do Pará abriga pelo menos 20 exemplares de árvores com mais de 70 metros (m) de altura, dos quais seis com mais de 80 m, mais que o dobro da altura do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. São as chamadas árvores gigantes ou mega-árvores, definidas como as que têm pelo menos 70 centímetros (cm) de diâmetro, mais fácil de medir do que a altura, que pode variar de 25 m no cerradão, a feição florestal do Cerrado, a 80 m na Amazônia. Essas medidas são cerca de cinco vezes as medidas médias da maioria das árvores encontradas nas cidades ou nos parques urbanos.

“Certamente existem muito mais árvores gigantes na Amazônia”, diz o engenheiro florestal Eric Gorgens, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Murici (UFVJM) e coordenador do estudo, publicado em maio como preprint no repositório bioRxiv. Nesse trabalho, pesquisadores da UFVJM, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) analisaram 754 áreas de 375 hectares cada (1 hectare corresponde a 10 mil metros quadrados) por meio da técnica LiDAR (Light Detection and Ranging), que registra a velocidade de luz refletida pelas árvores. “A área total analisada equivale a 100 vezes a examinada em estudos de campo, mas ainda é apenas 0,18% da área da Amazônia”, ele argumenta (ver mapa).

Gorgens viu pela primeira vez as árvores gigantes do leste da Amazônia no início da tarde de 16 de agosto de 2019. Era o segundo dia de uma expedição com 30 pessoas que subia o encachoeirado rio Jari, na Floresta Estadual do Paru, no Pará, na divisa com o Amapá. Às margens havia sumaúmas (Ceiba pentandra), parquias (Parquia pendula) e castanheiras (Bertholletia excelsa) com troncos de 2 a 3 m de diâmetro.

No alto dos morros vizinhos reinavam os angelins (Dinizia excelsa), cujos ramos formam esferas de folhas semelhantes a pompons de lã. Medindo-as por meio de cordas lançadas do alto por um escalador, os pesquisadores encontraram algumas com 82 m de altura.

Antes da viagem, com base em imagens de LiDAR, os pesquisadores haviam identificado um provável angelim de 88,5 m, a árvore mais alta já encontrada no Brasil, noticiada em um artigo publicado em agosto de 2019 na revista científica Frontiers in Ecology and the Environment. Não o viram, porém, embora tenham chegado a 3 quilômetros (km) de onde deveria estar. “Tivemos de desistir por causa da dificuldade para avançar em meio à mata fechada e da limitação de tempo”, conta Gorgens. “Optamos por coletar informações de uma região em que localizamos uma grande quantidade de árvores gigantes juntas.”

À frente de outro levantamento regional, o engenheiro florestal Marcelo Scipioni, da Universidade Federal de Santa Catarina, viajou 7 mil km por terra desde 2012 e encontrou cerca de 50 grandes árvores, das quais 35 são araucárias (Araucaria angustifolia) com tronco de pelo menos 1,5 m de diâmetro, nos três estados da região Sul, São Paulo e Minas Gerais, registradas em seu site (www.arvoresgigantes.org).

Em um artigo publicado em maio de 2019 na Scientia Agricola, ele apresentou uma araucária com um tronco de 3,2 m de diâmetro, 42 m de altura e estimados mais de mil anos de idade, no interior de Santa Catarina.



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