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Saúde em Foco Fisiologia Sistema Endócrino Hormônios e Funções

A Folha do Vale - Jornal e Site

O sistema endócrino é formado por um conjunto de glândulas responsáveis pela produção de hormônios que atuam em órgãos específicos.

Durante a fase de desenvolvimento dos seres humanos o corpo passa por diversas modificações. Dentre elas, a transição da fase infantil para a adulta, o aparecimento de pelos etc. Logo, essas mudanças são possíveis por conta dos órgãos que fazem parte do sistema endócrino.

O sistema endócrino é composto por glândulas espalhadas por todo o corpo. Assim, cada glândula desenvolve uma função específica no processo de desenvolvimento dos seres humanos.

Além disso, as glândulas endócrinas, também chamadas de glândulas hormonais, trabalham junto ao sistema nervoso nas funções e atividades do corpo. Nesse sentido, o que liga um sistema ao outro é um grupo de células nervosas denominadas de hipotálamo.


Como funciona o sistema endócrino?

O sistema endócrino funciona por meio das glândulas que recebem hormônios produzidos pelas órgãos hormonais. Ou seja, as células são responsáveis pela produção e liberação dos hormônios que vão estimular em mudanças específicas.


Os hormônios são produzidos pelas glândulas endócrinas espalhadas por todo o corpo. Nesse sentido, as células produzem os hormônios que são liberados no sangue que circula no corpo todo. Porém, os hormônios atingem apenas células específicas, denominadas de células-alvo.


Portanto, as células-alvo são estruturas revestidas por membrana plasmática. Além disso, possuem em sua composição proteínas denominadas de receptores hormonais. Assim, quando os hormônios atingem as células-alvo, os receptores agem de forma a combiná-los com a função da célula específica. Visto isso, os hormônios só liberam o estímulo hormonal quando combinados com a célula-alvo correta.


Glândulas do Sistema Endócrino

As glândulas que integram o sistema endócrino são: hipófise, glândula tireóidea, glândulas paratireoideas, pâncreas, suprarrenais (ou adrenais) e gônadas (testículos e ovários).

Além disso, também fazem parte do sistema endócrino o hipotálamo e o tecido gorduroso. Sendo assim, o hipotálamo – região do encéfalo – funciona como órgão endócrino, sendo responsável pela produção de hormônios que atuam no funcionamento da glândula hipófise.


Há o tecido gorduroso também funciona como glândula endócrina. Isso porque, junto ao hipotálamo, é responsável pela produção da leptina, hormônio que reduz o apetite.

Visto isso, conheça as principais glândulas que fazem parte do sistema endócrino:



Hipotálamo

O hipotálamo é o órgão responsável pela ligação entre o sistema nervoso e sistema endócrino. Ou seja, é o órgão que recebe as informações geradas pelos nervos do corpo e de partes encontradas no encéfalo. Por conta disso, é muito importante na ligação com o sistema endócrino, além de filtrar os hormônios da hipófise.


Hipófise

A hipófise é uma das principais glândulas endócrinas. Isso porque, atua na produção do hormônio do crescimento, além de ser responsável pelo controle de outras glândulas, como a da tireoide e as glândulas sexuais. Por conta disso, é considerada a glândula mestre do corpo humano.

É por conta da produção exagerada ou a falta do hormônio do crescimento que distúrbios como o gigantismo ou o nanismo ocorrem. Além da produção desse hormônio, a hipófise também produz o antidiurético (ADH). Ou seja, é por meio do ADH que o corpo consegue economizar água na excreção ou, formação da urina.


Tireoide

A tiroide é o órgão localizado no pescoço, sendo responsável pela produção da tiroxina. Por conta desse hormônio, a velocidade do metabolismo é controlada, além da manutenção do peso e calor do corpo. Além disso, a tiroxina também controla o crescimento e o ritmo do batimento cardíaco.

Quando a tiroxina é produzida em excesso ocorre um distúrbio denominado de hipertireoidismo. Por conta disso, o metabolismo age de maneira acelerada, acarretando no aceleramento do coração, no aumento da temperatura corporal e emagrecimento devido a perda de energia.


Visto isso, o hipertireoidismo pode causar doenças cardíacas, além de vasculares. Assim, caso o problema não seja tratado, é comum que o pescoço inche ou que os olhos sofram modificação, ou seja, bócio e exoftalmia.

Por outro lado, caso a produção de tiroxina seja em quantidade inferior ao esperado, ocorre o que chamamos de hipotireoidismo. Ou seja, diferente do hipertireoidismo, aqui o metabolismo trabalha de maneira mais lenta e o corpo pode inchar em algumas regiões.

Além disso, o coração bate de forma lenta e, consequentemente, o sangue não circula da maneira correta. Por conta disso, é comum que as pessoas engordem e que as respostas físicas e mentais se tornem mais lentas.



Paratireoides

As paratireoides são glândulas responsáveis pela produção do hormônio paratormônio. Ficam localizadas atrás da tireoide e são divididas em quatro glândulas. Visto isso, o hormônio que produzem é responsável pelo controle da quantidade de cálcio e fósforo presente no sangue.

Assim, quando o paratormônio é produzido em pequena quantidade o cálcio no sangue diminui, provocando a contração violenta dos músculos. À esse disturbo damos o nome de tetania, por ser semelhante aos sintomas do tétano.

Por outro lado, caso haja a produção exagerada do paratormônio, o sangue recebe grande quantidade de cálcio, acarretando no enfraquecimento dos ossos.



Timo

O timo é uma glândula localizada entre os pulmões. É caracterizada como uma glândula do sistema imunológico, responsável pelo combate à invasores externos. Assim, possui mais propriedade em recém-nascidos, produzindo um hormônio que atua na defesa do organismo. Durante a fase adulta, o timo possui tamanho reduzido porque as funções que desempenha são mínimas.



Suprarrenais

Suprarrenais são glândulas que atuam na produção do hormônio da adrenalina. Além disso, estão localizadas acima dos rins. A adrenalina é o hormônio responsável por preparar o corpo para a ação. Ou seja, quando esse hormônio é lançado o corpo começa a produz alguns efeitos.


Dentre eles, o coração dispara e a produção de sangue nos braços e pernas é intensificado. Por conta disso, o corpo aumenta a capacidade de correr ou saltar em situações de risco. Esse efeito é denominado de taquicardia.

Além disso, a adrenalina aumenta a frequência da respiração, além da taxa de glicose no sangue. Assim, as células recebem uma quantidade maior de energia. Outro efeito causado pela adrenalina é a contração dos vasos sanguíneos na pele.



Pâncreas

O pâncreas é um órgão que faz parte tanto do sistema endócrino quanto do sistema digestivo. Isso porque, produz dois hormônios, a insulina e o glucagon, além do suco pancreático que atua no intestino delgado, importante para a digestão.

A insulina no corpo age controlando a entrada de glicose nas células, além de armazenar a substância no fígado em forma de glicogênio. A glicose nas células atua como forma de liberação de energia.


Assim, quando a glicose se concentra em grande quantidade no sangue ocorre o que chamamos de hiperglicemia. Além disso, a falta de insulina no corpo provoca diabetes.

Por outro lado, o glucagon atua na produção de açúcar no sangue, agindo de forma aposta ao hormônio da insulina. Assim, quando o corpo está sem alimento, a taxa de açúcar no sangue diminuiu. Por conta disso, é comum que a pessoa sinta fraqueza, tontura ou, até mesmo, possa desmaiar.


Glândulas sexuais

As glândulas sexuais fazem parte do sistema reprodutor feminino e masculino, ou seja, os ovários e os testículos. Assim, os ovários são responsáveis pela produção dos hormônios estrogênio e progesterona. Enquanto isso, os testículos produzem a testosterona.

Esses hormônios são advindos do estímulo da glândula hipófise, localizada na parte inferior do cérebro. Os hormônios produzidos pelas glândulas sexuais são responsáveis pelo surgimento das características sexuais de mulheres e homens.



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