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Julho sem plástico: ela quer criar a primeira loja lixo zero do Brasil – e você pode ajudar

Eu já conhecia o trabalho de conscientização da Lívia Humaire através do Instagram, onde ela compartilha várias dicas para diminuirmos nosso lixo em situações diárias (segue ela, você merece!).

Nos últimos tempos, fiquei ainda mais atenta ao trabalho desse mulherão da porra, simplesmente porque ela encarou um projeto lindo de criar a primeira loja lixo zero do Brasil. Já existem vários espaços assim no exterior (falamos sobre alguns deles aqui, aqui), mas, acostumados com a abundância, nós ainda estamos engatinhando nesse modelo de viver uma vida com menos resíduos.


No mês de julho se comemora mundialmente o “Julho Sem Plástico” (ou “Plastic Free July“) e era a oportunidade que faltava para chamar a Lívia para um papo e conhecer mais sobre o projeto da loja, que está buscando financiamento coletivo através do Catarse. Em menos de 20 dias, mais de R$ 8 mil já foram arrecadados para que a loja saia do papel diretamente para a Rua Augusta, em São Paulo – a inauguração deve ocorrer em setembro. Cada valor dedicado ao apoio dá direito a uma recompensa diferente. Há desde um kit de compras a granel até workshops de compostagem e de cozinha vegana.

“Gostaria de solicitar a participação das pessoas na campanha de Catarse que está acontecendo nesse exato momento e que se findará em 7 dias! E agradecer a todos que já apoiaram o projeto e estão sonhando e criando junto com a gente esse espaço“, comentou a Lívia ao final da nossa conversa por e-mail. Mas vamos começar pelo começo…

Sou geógrafa e desde que entrei na universidade estou envolvida com questões ambientais, com estudos em permacultura, agricultura urbana e projetos de pesquisa nessa área. Morei em uma casa, em pleno bairro central da cidade de Florianópolis, onde tínhamos de tudo em um quintal: composteira, zona de raízes, casa de adobe, cabras, galinhas e até cavalo.


Depois que me formei voltei para São Paulo e, em pouco tempo, na loucura de um novo trabalho e morando no centro da cidade, me desconectei rapidamente da vida sustentável que eu havia construído.


Passei três anos em um limbo… Em outubro de 2014 iniciava uma reforma na minha casa, quando, em uma situação de limpeza de entulhos, minha filha, com 6 anos na época, disse: “mamãe tem muito lixo aqui, como vamos dormir?“.


Aquela frase me arrancou de onde eu estava e me lembrei de onde e de como eu morava há apenas três anos.


Reinicie aquelas pesquisas no Google, procurava uma pós nova para me aventurar, sobre reciclagem e logística reversa. Na época da faculdade, eu estudava os três “Rs” (fui uma das estudantes que implementou a “Revolução dos Baldinhos” nos morros de Floripa!) e, em uma das pesquisas, me deparei com mais 2 novos “Rs” que me levaram direto à Bea Johnson e ao movimento Zero Waste que ela fundara. E como tudo fazia um enorme sentido! Wow!

Fui seguindo esse fluxo e encontrando muita coisa. Inclusive 2 pessoas que já estavam praticando e pesquisando soluções cotidianas aqui. A Cristal (Um ano sem lixo), que nem conheci na internet, e sim por uma amiga em comum, e a Karin (Por Favor Menos Lixo), um pouco depois.


Hypeness – Quais foram os maiores desafios encontrados nessa busca por um estilo de vida mais sustentável? E quais as principais surpresas positivas?


Lívia – Acho que o meu maior desafio foi engajar minha família nesse propósito. Minha filha na época tinha 6 anos, então precisava acontecer um processo pedagógico bem estruturado, pois, apesar de ela ter nascido e passado boa parte da infância dentro de um sistema infinitamente mais sustentável do que o nosso apartamento em São Paulo, ela já estava há três anos inserida no “sistema de praticidade da cidade grande”.


Meu marido, apesar de bastante receptivo às questões ambientais, possuía outro ritmo, talvez com menos urgência do que eu. Cheguei a ficar bem neurótica com tudo. Mais ou menos como a Bea conta no seu livro… Porque levei muito a sério o primeiro “R” – RECUSAR. rs

Até que minha filha me pediu de aniversário um condicionador… Ela tinha 8 aninhos e me pediu desculpa, disse que sabia que as tartarugas estavam morrendo e que ela não ia então jogar o frasco no lixo, ia guardar para sempre.

Nesse momento, eu busquei relaxar, conversei com ela e passei a buscar soluções bem criativas e dentro de certos limites. Considero que agora encontramos esse equilíbrio.


As principais surpresas positivas acho que foram duas:

  • Tornei minha lavanderia totalmente livre de químicos. Acho que esse é o ambiente mais tóxico de uma casa, então considero um grande avanço.

  • Quando você leva a sério o primeiro “R” inevitavelmente você passa a se alimentar melhor. Foi o que aconteceu lá em casa! Porque quando você observa bem, as comidas com maior volume de embalagens são as mais processadas industrialmente.


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