Demonstrar gratidão melhora o bem estar tanto para os que expressam como para os que recebem. E isso vem sendo comprovado cientificamente. Mas uma pesquisa recente, publicado no jornal Psychological Science, traz sugestões do porquê tal prática não é adotada por todos.
De acordo com o estudo, algumas pessoas ainda não conseguem dimensionar os efeitos positivos deste gesto e, por isso, não o fazem com tanta frequência.
O estudo chama de “viés egocêntrico” a falta de percepção de quem subestima sistematicamente o impacto de um “obrigado”. O que acontece é que imaginando que o agradecimento não terá tanto valor para o destinatário, a pessoa simplesmente não o faz.
Metodologia
O método de pesquisa foi bastante simples. Os participantes de três experimentos escreveram cartas de gratidão e, em seguida, previram o quão surpresos, felizes e desajeitados ficariam os destinatários. Na segunda parte, os destinatários tiveram que relatar como receber uma expressão de gratidão realmente os fez sentir.
Subestimar
Segundo os autores da pesquisa, Amit Kumar e Nicholas Epley, os que expressaram gratidão “subestimaram significativamente a forma como os destinatários ficariam surpresos com o motivo pelo qual eles agradeciam, superestimavam o quanto os destinatários se sentiriam estranhos e subestimavam como os destinatários positivos se sentiriam”.
O estudo reforçou que a disposição em expressar gratidão está intimamente ligado ao valor esperado da ação. Então, da próxima vez que alguém te dar ou ajudar em algo: não pense duas vez antes de agradecer. Da mesma forma, quando alguém se sentir grato por algo que você fez, demonstre que aprecia o reconhecimento. É simples e todos saem ganhando.
Redação Ciclo Vivo
