A Espiritualidade da maternidade
- Guta Monteiro/WeMystic
- 16 de jul. de 2019
- 4 min de leitura

A parentalidade está totalmente ligada universo espiritual. Quando digo parentalidade, significa que tanto o pai quanto a mãe que nascem com a chegada de um bebê vão se beneficiar dos aspectos espirituais que trazer alguém ao mundo desperta em nós. A visão do que é segurança, de como enxergamos o mundo e até mesmo o amor é ressignificado. Tudo muda. Entretanto, a mãe tem alguma vantagem nessa proporção. A mulher é preparada espiritualmente para a chegada da criança, tanto no corpo energético quanto no físico; a espiritualidade da maternidade é avassaladora.
“Ser mãe é se deixar ser tocada pela mão de Deus” Mara Chan
A gravidez é o momento em que a mulher fica mais próxima de Deus. A vida, um dos processos mais sublimes da natureza divina, acontece dentro dela e através dela. A vida é espiritual, logo, a gravidez é um processo que conecta a mulher com a espiritualidade. E o que acontece após o nascimento de um filho promove um crescimento tão grande, que chega a ser a única missão de muitas almas que encarnam na Terra.
MUDANÇAS ENERGÉTICAS DRÁSTICAS
Não só durante a gravidez a mulher é impactada pelas energias fortes do astral. Quando tudo vai bem, uma vez por mês o corpo feminino se prepara para gerar uma criança, e nesse processo não só os hormônios são afetados e geram sintomas. Toda uma carga energética é recebida, pois, para que exista esse intercâmbio entre o físico e o espiritual que uma possível gravidez exige, é necessário que portais se abram e exista uma conexão maior com a espiritualidade. A TPM, como você pode ver neste outro artigo, está muito ligada às energias e as influências espirituais. A mulher é uma médium por natureza.
“A força da maternidade é maior que as leis da natureza” Barbara Kingsolver
Durante a gravidez, esse canal, essa ligação entre o mundo físico e espiritual fica escancarada. O elo de ligação entre a mãe e o bebê se dá antes da gravidez, pois uma vida, uma nova consciência é acoplada na aura da mulher e causa um impacto muito forte na vibração padrão da mãe. Os chakras funcionam de outra forma, ficam ativas áreas que antes estavam adormecidas e a comunicação com a espiritualidade se intensifica. Os mentores acompanham tudo muito mais de perto e a mulher que carrega no ventre uma vida recebe uma proteção especial do mundo astral. As mudanças de humor, as sensações embaralhadas e as emoções à flor da pele sentidas durante uma gestação extrapolam o esforço físico do corpo e a dança dos hormônios que produz vida. Essa é a primeira e uma das mais fortes ligações que existem entre a maternidade e a espiritualidade.
MUDANÇA NA VISÃO DE MUNDO
No primeiro segundo que uma mãe segura seu bebê no colo, começa uma transformação profunda dentro dela. A visão de mundo que ela tinha até aquele momento está totalmente ameaçada e logo tudo será transformado. Nada será como antes. Os objetivos, a definição de segurança, as prioridades e o significado da vida ganham novas perspectivas. Aquela mãe que antes gostava de esportes radicais, pode sentir uma necessidade maior de se preservar. Quem fumava, geralmente larga o vício. As compras de supermercado tendem a ficar mais saudáveis, não pela questão estética, mas sim pela melhora da saúde. Quem tem filhos deseja mais do que ninguém uma vida longa. Se antes o trabalho era importantíssimo, no momento em que viramos mãe ele se torna uma parte, o mecanismo que vai permitir dar ao filho o que ele merece e na mesma medida do amor que é sentido.
Nada mais derruba uma mãe. Se o filho está bem, qualquer coisa pode ser superada. Ela pode cair, claro, pois continua sendo humana e a vida não é fácil. Mas desde que o filho esteja bem, essa mãe rapidamente levanta, porque nada pode ser tão ruim quanto a perda de um filho. Se o filho tem saúde, ali está a força sem fim de cada uma das mães. O abandono da individualidade que a maternidade exige e o profundo amor que ela instala no coração promovem um crescimento espiritual fenomenal. Ela é, sem dúvida nenhuma, um acelerador de evolução na encarnação. O amadurecimento de uma mulher quando se torna mãe é visível e ele se dá pelo caminho espiritual, pelo entrelaçamento de vidas que a maternidade proporciona, evidenciando a espiritualidade da maternidade.
A IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA
A maternidade e a espiritualidade estão intimamente ligadas, tanto quanto a falta de vontade de ser mãe. Existe uma pressão social construída ao longo de anos de uma cultura patriarcal, que diz que a mulher nasce para ser mãe, sendo essa sua única função possível e da qual ela deve extrair toda sua satisfação e sentido de vida. Mas não é bem assim que funciona e nem todas as mulheres desejam ou foram programadas para a maternidade.
Primeiro que nenhuma criança deveria nascer onde não é bem-vinda. Uma mulher que não deseja ser mãe, certamente não será uma boa mãe. Segundo que, por mais maravilhosa que possa ser a maternidade, nem todas as programações reencarnatórias têm incluídas a maternidade. Existem consciências quem vem aprender outros valores, que vem somente para trabalhar ou viver uma vida mais espiritualizada e dedicada a Deus. Outras, escolhem o próximo como objetivo de vida, dedicando todo seu tempo a ajudar quem sofre. Há casos onde a evolução espiritual necessária na encarnação não envolve a maternidade. As possibilidades de aprendizado na matéria são infinitas e não se resumem a maternidade. Ou a parentalidade em geral, para incluir nesse conceito também os homens.
Formar uma família não é o destino de todos, e está tudo bem. Nem toda mulher deseja ser mãe e não há nada de errado com isso. Ela não deixa de cumprir sua missão quando toma essa decisão, pelo contrário, talvez seja essa decisão que a faça cumprir com o que foi aceito como plano de vida ainda no mundo espiritual. Julgamentos e exigências neste sentido são totalmente mundanas, nocivas, distantes do entendimento de como funciona a espiritualidade e devem ser evitadas a todo custo. É preciso conscientizar a sociedade em geral de que nem toda mulher quer ou deve se tornar mãe. O primeiro conceito que aprendemos em quase todas as doutrinas é a liberdade de escolha, o livre arbítrio que Deus deu a todos para que sejamos livres para escolher. E ele deve ser respeitado.
Fonte: Guta Monteiro/ WeMystic











































































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