Em meu livro Os mortos não morrem (2018), destaquei que, geralmente, pensa-se sobre a morada espiritual quando se está próximo do fenômeno da morte. Triste engano, pois a vida na matéria é continuidade no ciclo eterno da existência.
Há de se observar, pelas culturas afora, a preocupação em se compreender os mecanismos da vida, o que ocorre além dela e o que influencia diretamente no retorno de um Espírito ao plano material. Tudo está interligado. E fica claro que somos senhores do nosso destino, não podendo blasfemar contra os Céus pelas más escolhas que fazemos ou pelos erros em que incorremos.
Não culpe a Deus por suas más escolhas
Urge realçar que muita gente que toma decisões impetuosas e, por consequência, comete equívocos, depois, quer sempre pôr a culpa em Deus, cuja existência, em geral, paradoxalmente nega. O ser humano até agora não aprendeu a amar e, dessa forma, mata, suicida-se, envenena, acaba com tudo, não é solidário, mas, sim, solitário, porque ainda se comporta egoisticamente. Depois, com imaturidade, responsabiliza o Pai Celestial, o Cristo, o Espírito Santo, o Evangelho, o Apocalipse e tudo o que estiver à sua frente, menos a si próprio. E vai-se dando mal por agir assim, inadvertidamente. É necessário, cada vez mais, conscientizarmo-nos de que a morte não extingue a vida e de que a nossa conduta impacta a saúde espiritual, política e social dos povos. A existência é eterna e contínua. As escolhas de hoje moldam os nossos destinos e os das gerações no amanhã.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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