A vida moderna nos impõe situações que tornam nossas necessidades flutuantes conforme o contexto e as contingências que aparecem. Não raro, o urgente se sobressai em relação à importância. Torna-se então vital que se tenha certas necessidades estratégicas de ideal de vida para que não se perca o ritmo, o caminho e a disciplina.
Agradecer a Deus e ter um conjunto de ações e atitudes que dignifiquem à existência é condição sine qua non (Sem o qual não pode ser) para uma felicidade sustentável. É a famosa parábola da casa sobre a rocha, pois, há muitas intempéries e distrações no mundo material.
É essencial que se perceba que, mesmo apesar da transitoriedade da matéria, o espírito e a essência são permanentes. A imortalidade nos pede que o tempo seja utilizado de maneira profícua e que as boas sementes da caridade, do altruísmo e do amor sejam plantadas para o bem de todos.
Mais do que as necessidades e exigências do ego, da vaidade e do orgulho, a percepção de que apenas o trabalho bem feito pode trazer os frutos das recompensas para a satisfação íntima. O "ser" ao invés de "ter". A essência ao invés da aparência. O permanente e duradouro em relação à transitoriedade.
A vida em todas as suas nuances e pujanças espelha este clamor para o desenvolvimento e o progresso pessoal. A existência como o presente para a confecção das tramas corretas para a sustentação no suprassensível. É a possibilidade de correções e ganhos, reformas íntimas e consolações frente à imensidão do tempo infinito de Deus.
Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.
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