Nome científico: Ruta graveolens L.
Família: Rutaceae Juss.
Nomes populares: arruda doméstica, arruda dos jardins, ruta, arruda- decheiro-forte, arruda-fedorenta, em Minas Gerais, arruda-fêmea, arrudamacho.
Origem: Sul da Europa e Mediterrâneo. O nome do gênero Ruta vem do grego RUTE, derivado de Ruesthai, que significa salvador, referindo-se ao poder curativo da planta. Hábito: Subarbusto semi-perene, que forma touceiras.
Descrição botânica: Subarbusto de folhagem densa com odor característico, atinge até 1,5 m de altura; folhas alternas, carnosas, pecioladas, de coloração verdeazulada, contendo glândulas oleríferas. As flores são pequenas, amereloesverdeadas, hermafroditas com pétalas livres entre si, lanceoladas, com brácteas pequenas; ovário súpero com muitos óvulos. O fruto é uma capsula com 4-5 lobos, arredondados; sementes pardas e rugosas.
Cultivo: Não é exigente quanto ao clima. Desenvolve-se melhor em solos ricos em matéria orgânica e bem drenados. Responde bem a adubação nitrogenada em cobertura. A propagação é feita por sementes e estacas. O espaçamento para plantio é de 0,60 x 0,50m. A colheita das folhas é feita quatro meses após o plantio, logo no início da floração, quando ainda estão fechadas.
A secagem das folhas e flores deve ser em local ventilado ou em secador com temperatura máxima de 35° C (folhas) e 30° C (flores). C
onstituintes químicos principais: Óleo essencial de 0,2 a 0,7% (metilnonilcetona; metilheptilcetonas 90%; de metilnonilcarbinol 10%; álcoois, ésteres, fenóis; compostos terpênicos); alcalóides de 0,4 a 1,4% (arborinina, graveolina (rutanina), alfa-fagarina; derivados furocumarínicos (bergapteno, xantoxina, psoraleno; compostos flavônicos (Rutina).
Parte da planta para uso: Toda a planta.
Formas de uso: Decocção, infusão, extrato, cataplasma, alcoolato e sumo das folhas misturado com outros sumos.
Indicações: É indicada para nevralgias, afecções dos rins, bexiga e do fígado, reumatismo, gota, afecções cardíacas de natureza nervosa, vermicida, estimulante, emenagogo, inflamação nos olhos, sarna, piolho, repelente, antiespasmódico, carminativo, sudorífico, analgésico.
Modo de usar
a) Inflamação nos olhos - decocção: Ferver por alguns minutos, uma colher de sopa de folhas frescas moídas para uma xícara de água; lavar os olhos três vezes ao dia até desaparecerem os sintomas.
b) Piolho - infusão: Duas xícaras (de café) de folhas picadas com 500 ml de água fervente; coar, esfriar e lavar a cabeça por três dias.
c) Sarna - extrato: Folhas secas picadas (um copo) em um litro de álcool. Deixar em repouso por três dias e coar. Diluir 50%, e aplicar na área afetada.
d) Repelente: Queimar a parte aérea da planta, em forma de defumação.
e) Dores, gripes, reumatismo, emenagogo - infusão: Chá das folhas (uma pitada/xícara).
f) Abcessos - cataplasma: Aplicar cataplasma de folhas frescas sobre a parte afetada, cobrindo-o com gaze.
Observação: A ingestão excessiva de arruda pode ser perigosa, podendo causar hemorragias graves, dores epigástricas, cólicas, vômitos, convulsões e sonolência. Pelas suas propriedades emenagogas, durante a gravidez, pode provocar hemorragias e por sua vez o aborto.
Possibilidades comerciais e industriais: Usada para industrialização de loções e xampus fitoterápicos no combate a pediculose, associada a outras plantas medicinais. Mercado: Atualmente o mercado é nacional, mas na região deve iniciar a nível familiar e local.
Referências bibliográficas
BLANCO, M.C.G. Cultivo comunitário de plantas medicinais. Campinas: CATI, 2000. 36p. il. 21,5cm. (Instrução Prática, 267).
DI STASI l.C.; SANTOS, E.M.G.; SANTOS, C.M. dos; HIRUMA, C.A. Plantas medicinais na Amazônia. São Paulo. Editora Universidade Paulista. 1989. 193p.
PINTO, J.E.B.P.; SANTIAGO, E.J.A. de. Compêndio de plantas medicinais. Lavras: UFLA/FAEPE, 2000. 205p. VIEIRA, L.S. Fitoterapia da Amazônia: Manual de Plantas Medicinais (a Farmácia de Deus). 2. Ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 1992. 347p.
Este folder faz parte da série "Plantas Medicinais", do Subprojeto Instalação de horto-matriz de plantas medicinais em Porto Velho, Rondônia. Maiores informações na Embrapa Rondônia. Informação técnica: Vanda Gorete Souza Rodrigues (Eng. Agrôn., M.Sc., Embrapa Rondônia), Dorila Silva de Oliveira Mota Gonzaga (Eng. Agrôn., B.Sc., Embrapa Rondônia). Folder 05- Série "Plantas Medicinais". Editoração e layout: Marly de Souza Medeiros. Porto Velho, RO, dezembro de 2001. Tiragem: 1.000 exemplares.
INFORMAÇÕES DE CUIDADOS DE CULTIVO:
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