Artigo: Sagrada Consciência

A Folha do Vale - Jornal e Site
10 de ago. de 2024
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Deus não abandona seus filhos, tampouco os deixa sem recursos nenhum. Todavia, como um exercício de estímulo ao crescimento, Deus espera que as próprias pessoas tenham a proatividade de buscar o caminho do autodesenvolvimento. Caso contrário, seria a estagnação e não o progresso a lei que predomina nas sutilezas do universo.

O universo progride e se expande como legítima orquestração de recursos que, em uma harmonia infinita, reflete a suprema inteligência de Deus. Cabe ao ser humano ter as condições de levantar os olhos para ver e observar o baile cósmico e também, de desenvolver sua consciência em torno das leis universais.

A consciência como escritura sagrada que permite acessar os mistérios da existência de modo a despertar a maturidade e responsabilidade do ser frente os desafios da vida. Mais do que a ilusão material ou a sede pelo poder, a capacidade de se autoconhecer e autoconquistar. Através da oração elevada, da meditação sagrada, da reflexão salutar, o ser se ultrapassa. O indivíduo consegue assim se equilibrar e avançar, independente do contexto. Neste sentido, todo momento e ocasião torna-se de uma paz inquebrantável e perene, pois sabe das ilusões passageiras e das verdades eternas.

A consciência é a porta da imortalidade e a chave para segredos superiores e das ações que trarão, não apenas a paz de espírito, mas a tranquilidade do futuro vindouro. Tomar a decisão de combater a sua animalidade para adentrar na angelitude do ser representa passo decisivo para as boas-venturanças.

Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.