A senadora Selma Arruda (PSL) entra para história como a primeira mulher a ter de fato o mandato cassado no Senado. A ex-juíza é acusada de abuso de poder econômico e prática de ‘Caixa 2’ pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
E, por conta das acusações o pleno do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) cassou o mandato da mesma, por unanimidade.
A sessão foi iniciada às 9 horas e terminou as 17horas e 20 minutos, sendo que houve um intervalo de 45 minutos durante o tempo todo.
De acordo com o julgamento, o cargo ficará vago até a nova eleição para a escolha de um novo senador por Mato Grosso, apesar que o relator teria defendido que o terceiro colocado nas eleições passada, o Carlos Favaro (PSD) poderia assumir até as novas eleições, mas foi voto vencido pelos demais desembargadores.
O relator do julgamento da senadora Selma, foi o desembargador, Pedro Sakamoto enfatizou que a senadora promoveu arrecadação de recursos e praticou gastos com serviços considerados de natureza eleitoral antes do período de campanha.
Um dos advogados de acusação da ex-juíza, disse que: “É como se estivéssemos em uma corrida e ela saísse cinco voltas na frente. Enquanto os outros candidatos não podiam fazer gastos, ela já estava gastando e investindo na sua campanha. Não tem como fugir disto, as provas são robustas".
"Por se tratar de ser uma magistrada, não conseguimos compreender como se chegou a isto. Um grande absurdo de usar cheques nominais dela para pagar estes gastos em um período que não é permitido efetuá-los. Vimos as condutas que ela tomou durante o processo", finalizou André Albuquerque.
Outro advogado de acusação foi o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Ele enfatizou que: "Temos uma magistrada que largou a toga para seguir a carreira política, batia na tecla da corrupção e fez isto, de forma obscura".
"Temos visto que os suplentes custeiam a campanha e depois, mais tarde, em um acordo, assumem o Senado. A cooptação feita desta forma é abuso de poder econômico. Se um Suplente custear uma campanha para se beneficiar, é abuso", destacou o ex-ministro com relação ao suplente de Selma ter bancado os gastos.
Portanto, pelo julgamento do TRE o Mato grosso está com um senador a menos, e terá que haver nova eleição para a escolha de um outro senador (a), agora é ver como anda “as águas”, nestas horas todos deviam pensar um pouco sobre a roda da vida, e a lei do retorno, pois goste ou não, todos nem escapam dela, pode ate achar que escapa hoje, mas depois ela vem, por isso, cada um devia pensar melhor em suas ações que fazem contra "os outros", pois elas voltam....
Por: Maurilio Trindade Aun
Imagem: Gazeta Digital