Entidade representante de médicos conclama para a implantação de quarentena ou lockdow
- Maurilio Trindade Aun/FolhadoVale
- 22 de mar. de 2021
- 3 min de leitura
Brasil passou liderar no mundo em quantidade de mortes por Covid-19 nos últimos dias

Nas últimas 24 horas o Brasil teve acima de 2800 mortes por Covid-19, esse número de mortes coloca o Brasil como líder na quantidade de mortes, e no ritmo atual de vacinação, a população somente estará vacinada provavelmente até o começo do próximo ano, mesmo porque o governo federal que sempre foi o responsável pela compra das vacinas, nem procurou comprar e reservar a mesma junto das empresas, muito menos investir recursos em pesquisa para que a população pudesse ser vacinada.
O Brasil atualmente, praticamente está isolado no mundo, a maioria dos países nem estão aceitando voos oriundos do Brasil, devido ao avanço da pandemia, situação que vem sendo alertado por diversos países, pois, com a vacinação em conta gotas, e sem os devidos cuidados de isolamento, a possibilidade de desenvolver novas cepas tem sido muito grande, possibilitando assim o agravamento da pandemia com mais mortes e mais difícil de conter o avanço da pandemia.
No estado de Mato Grosso, a "entendida" representativa dos médicos, o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso- Sindimed-MT tornou pública a seguinte nota:
“O Sindicato dos médicos de Mato Grosso vem a público exigir um posicionamento dos governantes de caráter mais restritivo e imediato, como medida para diminuir a infectividade pelo coronavírus.
As pessoas que hoje necessitam de uma vaga em enfermaria ou em uma unidade de terapia intensiva se contaminaram há cerca de 10 a 25 dias atrás. Hoje, o sistema de saúde no Estado de Mato Grosso está colapsado. Conclui-se que essa medida de quarentena ou lockdown já vem com atraso considerável. Adiar ainda mais essa decisão pode trazer ainda mais desgraças às famílias mato-grossenses.
A utilização de medidas mais restritivas tem o objetivo de interferir na cadeia de transmissão do vírus para aliviar os serviços de saúde, dando tempo de reestruturá-los e manter a assistência adequada à população. Vale ressaltar que essa reestruturação já deveria ter sido planejada com antecedência, considerando mais de um ano de pandemia e seis meses da primeira curva. Nesse primeiro momento os gestores deveriam ter treinado profissionais de saúde, expandindo o número de leitos de UTIs, construído um hospital de campanha e mais locais de atendimento de forma descentralizada. Mas não se organizaram, não planejaram.
O Sindicato alerta que se não forem tomadas essas medidas para conter a propagação do vírus, as pessoas vão morrer sem assistência médica e isso é uma situação extrema que pode inclusive sobrecarregar o sistema funerário”.
Obviamente, todas as pessoas precisam manter os seus compromissos, as pequenas e médias empresas também precisam manter os seus compromissos, todavia, diante da situação, deveria haver uma mobilização do governo federal, governos estaduais, colocando de fato um auxilio decente e condizente para que as pessoas pudessem permanecer isolados por um período adequado para conter o avanço do vírus, bem como, uma linha de financiamento para as pequenas e médias empresas terem condições de manter os empregos e dar continuidade nas suas atividades o mais breve possível, claro, isso se o governo federal estivesse de fato preocupado com a população e com a economia.
Além das situações registradas acima, tem ainda a falta de medicamentos e materias que os hospitais começam a ter falta, aliás, empresas fornecedoras de oxigênio na região já comunicaram a possível falta de oxigênio para fornecer aos hospitais da região, principalmente na região noroeste do estado, portanto, a situação é de calamidade pública, o governo do estado soltou um comunicado que pretende ate sexta-feira tomar outras decisões visando endurecer os decretos estaduais se a situação continuar no ritmo que se segue.
Por: Maurilio Trindade Aun
Comentários